domingo, 11 de março de 2012

Sentimentos Paradoxais


"Eu estive pensando, pensamentos rápidos, como flashes. Raios que vinham e me iluminavam. Quando uma verdade veio à tona e me fez refletir naquilo que eu fiz e o que eu deixei de fazer.

Por que tudo é tão complicado e tão simples? Por que às pessoas são difíceis e ao mesmo tempo fáceis? Precisamos de normas e leis para nos engolirmos socialmente, mas para quê quebrá-las?

Sempre com o pensamento no individual, eu me aprofundo na minha filosofia sobre aquela verdade. A verdade da vida, talvez? Mas quem seria eu para pensar em uma verdade única? Pode ser só a minha verdade.

A história me mostrou, assim, como os flashes em minha cabeça, a busca cega das civilizações pela verdade. Para quê tentar desvendar o desconhecido e deixar o conhecido de lado? Será só esse o motivo da existência da ciência e da filosofia?

Aqui estou nessa insônia tentando responder perguntas e, ironicamente ao mesmo tempo, estou a criticá-las.

Se não fosse os questionamento não chegaríamos a esse estilo de vida. O padrão para todos.

O padrão onde todos trocam sorrisos e olhares com bondade, mas quando se afastam esses sorrisos e olhares se transformam em outras coisas. Vivemos em prisões! Onde estão as chaves? Onde está à liberdade para pensarmos por nós mesmos? Essa é a verdade!

Se eu me libertar posso ser feliz sem nenhuma nostalgia ou disfarce, serei puro! Mas essa pureza irá mudar? Eu ficarei satisfeito com essa vitória sobre à alienação? Será que o mundo inteligível de Platão, será suficiente? A divina comédia de Dante estará certa? Se chegarmos ao paraíso, ficaremos entediados?

Rezaremos e imploraremos por misericórdia. Dúvidas incomodam deixando até mesmo a loucura falar mais alto. A loucura que se instala quando se sai dos padrões de vida comum. Mas você será louco mesmo? Essa loucura pode ser a chave da prisão que engaiola, da prisão que não vemos, mas estamos no fundo da cela. Achamos que estamos na direção correta, mas na verdade estamos apenas circulando e parando no mesmo ponto.

Essas escuridões do meu quarto, essas perguntas em minha cabeça, só me fazem ter uma certeza, que eu não tenho nenhuma. Um dia essas escuridões sairão de mim e as respostas aparecerão como um pequeno floco de neve caindo no chão quente do sertão. Nada como um dia após o outro. E se as respostas não vierem? Terei eu que mudar as perguntas? Ou será que estou fazendo as perguntas erradas? Mais e mais dúvidas!

Rápido, certo, errado, obscuro, desapropriado, irrelevante, surreais, incertos, mentiras, trevas e luz. A noite continua e os flashes foram embora."


Autor: JL Rosa.

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